学术界em fluxo:Como as bibliotecas mudarão em 2021?

Mudança de expectativas: Serviços remotos e personalizados

A transição rápida e generalizada para soluções remotas em toda a economia global, inclusive em ambientes acadêmicos, mudou irrevogavelmente nossas expectativas.

Estudantes e professores fizeram uso de diversas alternativas de aprendizagem e colaboração remota, mesmo com soluções simples, como aulas por videoconferência. As empresas que fornecem essas alternativas cresceram rapidamente e, em muitos casos, adaptaram seus serviços para atender às demandas dos usuários.

Da mesma forma, as bibliotecas precisam colocar em prática soluções para atender às suas próprias necessidades e de seus clientes acadêmicos para o atendimento remoto. Isso implica fornecer acesso on-line específico para a gestão de coleções e a administração de bibliotecas, bem como para a descoberta e entrega de recursos, entre outros serviços, para usuários acadêmicos. Além disso, as bibliotecas fariam bem em incorporar maior agilidade a seus serviços, tanto por uma questão de resposta às mudanças de expectativas como para poder se adaptar rapidamente às inesperadas disrupções.

As transições estão sendo aceleradas

Algumas transições que já estavam em andamento em muitas bibliotecas estão sendo aceleradas e adotadas de forma mais ampla, à medida que seu valor se tornou subitamente evidente.

O uso global de e-books, audiolivros e recursos digitais já vinha aumentando antes da chegada da COVID-19. Para muitos, a crise levou à necessidade de mudar rapidamente do tradicional formato impresso, seja nas estantes das bibliotecas ou em armazenamento remoto, para alternativas digitais mais flexíveis. Isso pode implicar a substituição de sistemas legados – sobrecarregados por uma série de sistemas isolados ou soluções alternativas para o gerenciamento de recursos não impressos – por soluções unificadas e mais eficientes.

A colaboração entre bibliotecas também tem sido uma tendência nos últimos anos, e certamente verá um impulso ainda maior no próximo ano. As bibliotecas universitárias estão percebendo o valor de compartilhar seus desafios, de modo que todos se beneficiem, difundindo custos e expandindo as coleções. Isso pode incluir uma rede de compartilhamento de recursos, negociações coletivas com fornecedores, custos de gestão compartilhados, desenvolvimento colaborativo de coleções e muito mais.

As pressões orçamentárias de 2021

Como as universidades tiveram um grande impacto financeiro imediato, e provavelmente verão mais perdas nas mensalidades dos estudantes nos próximos semestres, as bibliotecas terão que se adaptar a orçamentos ainda mais apertados daqui para frente. As estatísticas analíticas são a chave para descobrir por qual conteúdo você está pagando e quanto, bem como saber de que forma o conteúdo eletrônico está sendo usado na prática. Esses dados ajudam a demonstrar o retorno sobre o investimento em ativos e recursos da biblioteca e indicar onde podem ser feitas mudanças para fazer o orçamento render.

As bibliotecas também terão que reconsiderar todo o investimento operacional e financeiro em sistemas gerenciados localmente. Há custos diretos e indiretos – conhecimento técnico, suporte de TI (mesmo dentro da universidade), atualizações, segurança, adesão à regulação etc. – que podem ser minimizados ao transferir essa carga operacional para a nuvem. Por outro lado, apesar do menor custo total de infraestrutura a longo prazo, há uma despesa imediata de migração que também precisa ser levada em conta. Outro benefício, além do material, é permitir que os bibliotecários se concentrem em atividades de maior valor agregado, como acesso remoto e aprendizado, ao deixar as tarefas rotineiras a cargo da automação remota.

Uma mudança de perspectiva

Como resultado dos eventos altamente desafiadores de 2020, muitas bibliotecas acadêmicas entenderam a necessidade urgente de ter agilidade, serviços remotos, colaboração, coleções diversas e muito mais – tudo isso diante da perspectiva de redução dos orçamentos.

Em vez de correr atrás de mais do mesmo, o que em breve se revelará insustentável, as bibliotecas estão mudando sua perspectiva, trazendo princípios de planejamento de recursos corporativos (ERP) para o desenvolvimento e gerenciamento de coleções, empréstimos entre bibliotecas e serviços bibliotecários, bem como ao apoio à aprendizagem, ensino e pesquisa acadêmica.

Com sorte – e uma compreensão mais profunda do “novo normal” – o melhor ainda está por vir.

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